terça-feira, 9 de junho de 2009

Sob o domínio da insegurança

Editorial do DGBC de 08 de junho de 2009.

O PT nasceu para ser oposição. É mestre e sabe fazer muito bem seu marketing. Mas, quando assume a situação, tem por hábito meter os pés pelas mãos, tropeçar nas próprias bandeiras e jogar para o armário o discurso de transparência, liberdade de expressão e deadministração com (e para) o povo. Quando está na oposição é adversário ferrenho. Não dá trégua, não desiste. Denuncia manobras de bastidores, alardeia a opinião pública e consegue atrair uma massa de apoiadores e cidadãos indgnados. Esse é o verdadeiro papel da oposição: fazer barulho com conhecimento de causa e munida de documentos e provas que revelam a má-fé de quem quer que seja. E isso os petistas sabem fazer com maestria.
Mas, quando está na situação, o partido fecha-se em concha e não admite crítica. Aplica a lei da mordaça e transforma seu governo literalmente em um reinado, onde o rei deve ser obedecido sem contestação, sob ameaça de ter a cabeça a prêmio.
A população, aliada quando em situação adversa, já não importa. Poder conquistado, o comandante não precisa mais do povo. A não ser nas próximas eleições.
O funcionalismo, iludido em trabalhar em um gestão de diálogo e troca de idéias, é submetido a uma cartilha de regras e mandamentos, em que é proibido se manifestar, questionar, conversar... É proibido até de ler o que bem entender. Aliás, é proibid ser livre; deve-se apenas obedecer. O desrespeito, como ninguém jamais imaginaria no reinado, resulta em cabeça degolada.
Assim é o PT. Nem todos os petistas agem dessa maneira, só os inseguros, os despreparados para o poder e os que foram treinados pela cartilha dos cordeirinhos, cujo primeiro capítulo adverte: falar, ouvir, discutir e ler são faltas graves e podem acarretar em exoneração.

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