quarta-feira, 3 de junho de 2009

CASTANHEIRA & REPULHO

No último dia 23, o DGABC, apresentou uma ampla matéria onde relatava que a Prefeitura de Santo André estaria denunciando ao Ministério Público, a ONG Instituto Castanheira de Ação Cidadã, por supostas irregularidades em contratos firmados com a Secretaria da Educação, na Administração João Avamileno do PT.
Na época, quem estava no comando dessa secretaria era Cleuza Repulho, “importada” pelo prefeito petista Luiz Marinho para assumir a Secretaria de Educação em São Bernardo.
Na matéria foi relatado que a ONG teria recebido R$ 50,7 milhões dos cofres públicos e que informações de bastidores associavam essa organização à ex-secretaria Cleuza, que teria namorado o idealizador do Castanheira, o advogado Alan Cortez de Lucena, falecido em 2006.
A bem da verdade o que chamou a atenção na matéria, não foi a negociação da Prefeitura com a ONG, até porque, estamos cansados de ver pela mídia nacional envolvimento dessas organizações com administrações petistas. A revista Veja, denunciou várias delas, inclusive uma que estava sob a responsabilidade da filha e outra do churrasqueiro do presidente Lula. O que chamou a atenção, foi que no levantamento efetuado, constatou-se que cada criança cuidada no abrigo mantido pela Castanheira, custava aos cofres da Prefeitura de Santo André, entre R$ 4.000 e R$ 5.000 por mês.
Por coincidência ou não, dez dias antes do Diário relatar esse assunto, em 13.05, a revista Veja São Paulo, apresentou uma reportagem sobre Educação, onde destaca, além de vários outros itens, as 10 escolas mais caras da grande São Paulo e nenhuma delas chegou a esses valores estratosféricos. A mais cara está na ordem de R$ 2.630, ou seja, pouco mais que a metade gasta com a Castanheira e a décima colocada R$ 1.828 mensais, não esquecendo que em muitas delas, a criança inicia o aprendizado de mais um idioma a partir do pré-primário, o que, com toda certeza não ocorria no abrigo dessa organização não governamental.
Infelizmente a educação de São Bernardo, um dos ícones de quase todas administrações anteriores, desde os tempos de Lauro Gomes e Hygino de Lima, foi entregue a uma “importada” que tem muito a explicar ao Tribunal de Contas e ao Ministério Público. Isso porque, o Prefeito Luiz Marinho do PT, aquele que não sabia que era uma EMIP, (Escola Municipal de Iniciação Profissional) ao que tudo indica, não conseguiu encontrar, entre os quase hum milhão de habitantes de São Bernardo, pelo menos um, que tivesse capacidade para dar continuidade a um prestigiado trabalho iniciado a mais de 50 anos.
Só nos resta perguntar: Será que a Castanheira estava inclusa nas mudanças de Marinho, caso não viesse a ser notícia negativa na grande mídia regional ?
por MARCELO SARTI

Nenhum comentário:

Postar um comentário