domingo, 7 de junho de 2009

Acordo de Marinho vira alvo de denúncia

Publicado na data de 07/06/2009 no Diário do Grande ABC, o acordo entre o prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), e o ex-chefe do Executivo Maurício Soares (PT) durante a campanha eleitoral do ano passado pode virar alvo de investigação do Ministério Público do Estado.
O munícipe Marcelo de Sá e Sarti protocolou no dia 20 de maio representação na Promotoria questionando a aliança entre os políticos. Ele solicita abertura de inquérito civil público contra os petistas para averiguação dos fatos.
No documento, Sarti relata que, em benefício do apoio, Maurício teria direito a 30 cargos na Prefeitura caso Marinho vencesse o pleito, o que de fato ocorreu.
Ao assumir a administração, o sindicalista cumpriu a promessa e iniciou a série de contratações de pessoas ligadas ao ex-prefeito em cargos comissionados. Amigos e parentes foram alocados em funções de chefia.
Na ação, o munícipe pede que seja apurado "apoio em troca de votos", considerado compra de sufrágios antecipada. A ilegalidade pode gerar ato de improbidade administrativa, inclusive com perda de direitos políticos e mandato.
Sarti também alega que houve nepotismo na nomeação dos funcionários indicados por Maurício Soares, já que o Executivo acomodou quatro parentes do ex-chefe do Executivo, atualmente assessor especial de Marinho.
Nesse caso, o munícipe pede intervenção do Ministério Público com base na Súmula Vinculante número 13, do Superior Tribunal Federal, a qual proíbe a contratação de parentes até o terceiro grau de servidores em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de função em comissão ou de confiança.
Na argumentação, Marcelo de Sá e Sarti cita reportagens do Diário em que Luiz Marinho e Maurício Soares selam a parceria.
Procurada, a Prefeitura não respondeu. Maurício Soares não quis comentar o caso. Caso semelhante é vivenciado pelo vereador Vandir Mognon (PSB), que faz parte da bancada de oposição ao prefeito. A diferença é que a troca de apoio por cargo foi registrada em cartório. "Qual a diferença entre um acordo assinado e um declarado publicamente?", destaca Sarti.
O parlamentar responde a inquérito policial. Na quinta-feira o socialista, que nega as acusações, esteve na Delegacia Seccional de São Bernardo para depor. Mognon foi o último a ser ouvido pela polícia antes do fim da investigação, que deve ser concluída nos próximos dias.

Quatro parentes e vários amigos de Maurício estão na Prefeitura
Na representação apresentada ao Ministério Público, o munícipe Marcelo de Sá e Sarti lista a maioria das 30 nomeações da administração indicadas por Maurício Soares. Dentre elas, quatro parentes do ex-prefeito em posições de destaque no Executivo.
As contratações, que podem ser interpretadas como nepotismo, foram publicadas no Notícias do Município, órgão oficial de imprensa da Prefeitura.
Na atual gestão, a irmã de Maurício, Mercês de Almeida Simões, é monitora de atividades ligadas à juventude, nomeada em 21 de janeiro. José Ferreira Simões, cunhado do ex-chefe do Executivo, foi contratado em 4 de fevereiro como chefe de divisão. A sobrinha Ana Lúcia Soares de Oliveira foi nomeada assistente técnica no dia 13 de fevereiro. E o primo do petista Odilon Soares de Oliveira, lotado como diretor-presidente do transporte coletivo em 8 de janeiro.
Sarti também cita a passagem de Maurício no comando do Paço, quando a Súmula Vinculante número 13 não estava em vigor. "Criou uma secretaria especial para nomear a esposa, Laerte Soares, como também em momentos diversos indicou irmã, cunhados, primos e sobrinhos", relata.
VALOR O apoio de Maurício Soares à campanha do então candidato Luiz Marinho foi preponderante para a vitória do grupo petista, segundo muitos atores políticos de São Bernardo.
Na bagagem, Maurício levou consigo a experiência de três mandatos à frente do Executivo: 1989 a 1992, 1997 a 2000 e 2001 a 2002 (renunciou alegando problemas de saúde).
O ex-prefeito assumiu a coordenação da campanha de Luiz Marinho. Antes, porém, esteve do lado adversário. Chegou, inclusive, a ser pré-candidato do grupo situacionista.
Desentendimentos com o deputado estadual Orlando Morando (PSDB), que era o vice na composição com Maurício na cabeça da aliança, levou o ex-chefe do Executivo a tomar outro rumo.
Com os constantes impasses na dupla, o parlamentar deixou a dobrada para depois retornar como candidato a prefeito. Maurício, por sua vez, aliou-se a Marinho e outras lideranças para vencer o pleito. Em 13 de agosto do ano passado, Maurício Soares deixou o PSB e regressou ao PT.

Esperar o que do Sr. Mauricio Soares ?? Nada mais do que isso, ele foi expulso do PT e do sindicato pelo Luiz Marinho e pela troca de cargos voltou, vale a pena né, colocou toda familia na PMSBC, tem o cargo dele, e mais algumas regalias que a população paga. Parabéns ao Sr. Marcelo Sarti, que fez a denúncia. Se todos tivessem esta consciência politica e até mesmo civil, nosso município estaria melhor adminitrado.

Nenhum comentário:

Postar um comentário