terça-feira, 13 de novembro de 2012

Luiz Marinho ataca ministros do Supremo


     Durante caminhada na região do Jardim Ipê, o prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), criticou a condução do julgamento do Mensalão pelos ministros do STF (Supremo Tribunal Federal), sugerindo que eles voltem a estudar.
"O Supremo está invertendo plenamente (julgamento). Eu recomendaria que eles voltassem para faculdade para estudar Direito. Eles estão fazendo inversão do ônus da prova (termo jurídico utilizado para definir quem é a pessoa responsável por sustentar uma afirmação ou conceito)", disse.
Marinho recorreu a outro termo jurídico para atacar a condenação do deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP), um dos 37 réus do Mensalão, pelos crimes de corrupção e peculato.
"A presunção da inocência (princípio que estabecele o estado de inocência como regra de relação ao acusado) acabou no julgamento do João Paulo, isso é uma grande injustiça cometida com ele. Espero que os ministros analisem o que fizeram para que não aconteça com os demais (acusados)."
Durante o debate promovido pelo Diário com os prefeituráveis de São Bernardo, Marinho foi novamente vinculado com o esquema de corrupção e compra de votos no governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), por ter sido candidato a vice-governador, em 2002 na chapa de José Genoino (PT), outro réu no julgamento do Mensalão.
Marinho afirmou que não se arrependeu de compor chapa com Genoino. "Nós quase vencemos, encurralamos o Alckmin naquela eleição, conduzindo (o pleito) para o segundo turno."
JUSTIFICATIVA
O prefeito justificou a falta no debate pela ausência de propostas dos adversários. "Eles foram lá para me xingar ou para debater? É por essa razão que eu não fui", alegou o petista.
No início do debate, o deputado estadual Alex Manente (PPS) mencionou o ministro do STF Joaquim Barbosa, que disse recentemente que um dos alvos da compra de apoio de parlamentares seria a reforma da Previdência, Pasta chefiada por Marinho entre março de 2007 e julho de 2008.
O prefeito disse que não participou da reforma e mandou o recado aos adversários. "Acho bom os amigos terem cuidado porque podem responder processo na Justiça", ponderou.

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