terça-feira, 26 de janeiro de 2010

Prefeito Luiz Marinho manda o povo correr para o refúgio

O prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho (PT), anunciou na última sexta-feira a criação de 13 refúgios para onde moradores de áreas de risco devem fugir em caso de chuvas fortes. Os locais devem atender a população que vive em 25 áreas de risco tidas como prioritárias.
O refúgios não terão qualquer estrutura para atendimento à população, como ocorreria em um abrigo. Não haverá fornecimento de água, comida ou colchões. A ideia é que as pessoas permaneçam nesses locais por poucas horas, em caso de chuvas fortes ou prolongadas. No entanto, os refúgios só serão abertos quando a Defesa Civil julgar necessário.
Durante o anúncio da medida, que faz parte de um pequeno pacote de emergência, a Prefeitura divulgou, inclusive, algumas dicas para detectar situações de risco. São considerados sinais de que a estrutura do imóvel está abalada trincas e rachaduras no solo; aparecimento de degraus ou rebaixamento no terreno; inclinação de árvores, postes, cercas ou muros; valas com águas mais barrentas que o normal; aparecimento de novas rachaduras nos pisos ou paredes; muros ou paredes estufadas.
"Caso haja qualquer uma dessas características a orientação é ir imediatamente para o refúgio e ligar para a Defesa Civil (199). Se constatado que a casa não oferece segurança, a família será encaminhada para o abrigo", explicou o prefeito Luiz Marinho, ontem. Marinho decretou estado de alerta nas 87 áreas de risco.
O município criou uma escala que varia de 1 a 4 para classificar o risco das moradias. No nível 4, o pior, foram identificadas 164 famílias que serão removidas para abrigos. As casas serão demolidas.
Além dos refúgios, a Prefeitura montou uma operação chamada Alerta Sai de Casa para retirada das pessoas das moradias nas áreas de risco, no momento da chuva. Tássia Regino, secretária de Habitação, afirmou que a Defesa Civil está com dificuldade de retirar as famílias das áreas mais arriscadas. Ontem, 110 foram contatadas. "Nos lugares onde ainda não houve desabamento as pessoas pagam para ver. Não saem de lá. Vamos usar carro de som, distribuir panfletos e falar com lideranças comunitárias para ajudar a retirar."
ABRIGO PROVISÓRIO? - A Prefeitura divulgou uma lista com 13 endereços de abrigos. Contudo, apenas um, o da Vila São Pedro, está em funcionamento (Centro Recreativo Vila São Pedro, Rua Santo Antônio, 300). A Prefeitura afirmou que essas famílias serão incluídas no programa federal Minha Casa, Minha Vida. Porém, não disse quando isso deve acontecer. O que pode ocasionar o prolongamento da permanência delas nos abrigos. Como ocorreu no abrigo Cora Coralina no bairro Alto Industrial, onde muitas famílias vivem há mais de cinco anos.
LONGO PRAZO - O problema dos alagamentos na cidade está longe de ser resolvido. O prefeito anunciou a contratação de um Plano Diretor de drenagem, que vai avaliar quais as galerias que necessitam de limpeza e drenagem. A conclusão do plano, que definirá as áreas e o custo, só deve sair em novembro.

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