quinta-feira, 28 de maio de 2009

Oposição questiona investimentos na Saúde

Conforme publicação do DGABC, o projeto de lei que autoriza a Prefeitura de São Bernardo a contrair empréstimo de R$ 43,2 milhões junto ao BID (Banco Interamericano de Desenvolvimento) foi rejeitado semana passada, não está na Ordem do Dia da sessão de hoje da Câmara, mas continua em pauta. Isso porque a bancada de oposição questiona os valores aplicados na área da Saúde, onde o dinheiro do financiamento deveria ser aplicado.
Para ter acesso ao crédito, o governo de Luiz Marinho (PT) tem de entrar com contrapartida do mesmo valor: R$ 43,2 milhões. O argumento dos vereadores de PSB, PMDB e PSDB é que essa quantia já pode ser aplicada para melhoria do setor, independentemente de aprovação da propositura na Câmara.
"É só mostrar o cronograma de obras, onde serão feitos reparos, onde serão erguidos novos equipamentos públicos, e quanto custará. A partir daí, inicia-se os investimentos e quando a matéria estiver pronta para ser votada o processo já estará adiantado", explicou o tucano Admir Ferro. "Não adianta culpar a oposição pelo atraso da Saúde. As melhorias poderiam estar sendo feitas desde já", continuou, frisando que o plano não foi apresentado.
"O projeto é da gestão (William) Dib, já deve haver um planejamento. Mas não sabemos se houve mudanças. Não somos contra, mas podemos aprovar um projeto dessa magnitude sem saber o que vai acontecer", completa.
Fatia - O parlamentar Hiroyuki Minami (PSDB) observa que o
orçamento previsto para a Saúde em 2009 é de R$ 363 milhões - 15,8% do bolo total, segunda maior fatia na divisão entre secretarias -, para pagamento de convênios, funcionários, medicamentos e novos investimentos. Assim, os pouco mais de R$ 40 milhões a cargo da Prefeitura poderiam ser aplicados imediatamente.
"Não estamos vendo essa verba. Hipoteticamente, se dividirmos os recursos em 12 partes, que são os 12 meses, a Saúde já deveria ter recebido R$ 121 milhões de janeiro a abril", discorre o tucano, ao ressaltar que os R$ 43,2 milhões do BID só entrarão nos cofres municipais em cerca de três anos - e terão de ser pagos em 25 anos. Procurada, a Prefeitura não informou os valores aplicados no setor até o momento.

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